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Estudo revela que Italianos comem mais por estresse do que por fome

"Coma que isso vai passar": o lema da avó esconde uma verdade, quando mais de um em cada três italianos come por estresse e não por fome. O dado surge de uma pesquisa on-line da Associação Europeia dos Transtornos por Ataques de Pânico da qual participaram 600 pessoas entre 18 e 65 anos. O objetivo era justamente observar o comportamento das pessoas na relação com os alimentos em um momento histórico e social caracterizado por uma série de motivos de estresse decorrentes da crise econômica. ''Para 40% dos participantes, o alimento é muitas vezes usado como uma válvula de escape para acalmar os níveis de ansiedade excessivamente elevados", observou Paola Vinciguerra, psicoterapeuta e presidente de Eurodap.

Ela explica essa tese no livro "Stress & Dieta – consigli e rimedi per vivere al meglio" (Estresse e Dieta – dicas e soluções para viver melhor), da Editora Kowalki, escrito junto com o nutricionista Giorgio Calabrese.

A pesquisa revelou que essas pessoas fazem suas próprias compras e que em seu carrinho nunca faltam doces ou alimentos super calóricos. Comem depressa e admitem que só 'às vezes' saboreiam e apreciam os alimentos que ingerem.

Raramente param de comer quando se sentem saciadas. Este comportamento é adotado especialmente à noite, quando o corre-corre do dia a dia se acalma.

Também se constatou que esta atitude disfuncional em relação aos alimentos é muitas vezes fruto de um determinado estado emocional, ansioso ou deprimido, estressado ou triste.

''Trata-se de pessoas que não têm regras em seu regime alimentar e para as quais toda emoção negativa ou estado de espírito não sereno, tendem a ser compensados recorrendo ao alimento", explica Vinciguerra.

"O ponto é que em um momento de profunda crise econômica como a que o nosso país atravessa, o alimento é, para muitos, a única saída, posto que outras compensações – como férias e compras, estão sofrendo uma queda acentuada", pontua.

Vinciguerra sugere em seu livro "mudar o foco sobre a relação consigo mesmo, tentando 'diminuir' os ritmos da vida que nos levam ao estresse". Desta forma, garante ela, será possível descobrir que a relação com a comida, e portanto também a perda de peso, é, acima de tudo, uma "questão de cabeça''.

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