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Justiça da Itália reduz pena de prefeito pró-migrantes

Um tribunal de apelação de Reggio Calabria, no sul da Itália, reduziu em mais de 10 anos a sentença de condenação contra o exprefeito de Riace Domenico “Mimmo” Lucano, que ganhou notoriedade por suas políticas de acolhimento de migrantes forçados e refugiados.

O político havia sido condenado em primeiro grau a 13 anos e dois meses de cadeia por formação de quadrilha, fraude, peculato, falsidade ideológica e abuso de poder, porém a sentença foi revista para um ano e meio de reclusão, e com pena suspensa, no julgamento em segunda instância, já encerrado.

O tribunal de Reggio Calabria considerou Lucano responsável apenas por um crime de falsidade ideológica em um despacho assinado em 2017.

Em primeiro grau, o ex-prefeito de Riace tinha sido considerado como promotor de uma quadrilha finalizada a gerir de maneira ilícita fundos destinados a projetos de acolhimento de deslocados internacionais.

Riace tem apenas 1,8 mil habitantes e foi governada por Lucano entre 2004 e 2018, período em que ele se tornou conhecido internacionalmente por atrair imigrantes e refugiados para repovoar o vilarejo.

Seu empenho em defesa do acolhimento o fez entrar, em 2016, na lista dos 50 maiores “líderes” do mundo da revista “Fortune”.

Em seus mandatos, ofereceu casas abandonadas e treinamento profissional a deslocados internacionais, ajudando a recuperar a economia local e atraindo a ira da direita italiana.

“É o fim de um pesadelo que tanto me humilhou e me ofendeu. É o fim de um pesadelo que, por anos, me pintou injustamente como um delinquente”, declarou Lucano após a sentença.

Segundo o ex-prefeito, ele foi “atacado e acusado para destruir o ‘modelo Riace’ e a extraordinária oportunidade criada para acolher centenas de pessoas que precisavam”.

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